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Mercedario em 4 dias

  Depois de escalar no Cordón del Plata decidi ir para o Mercedário. As medições de altitude na América não são muito padronizadas e por isso não há um consenso sobre sua altitude. O que é certo é que está entre os dez maiores cumes do continente, versando em quarto lugar em alguns deles. Muitas pessoas no próprio Plata me advertiram sobre os riscos de uma escalada sozinho por ali, pois o local era inóspito e provavelmente eu não encontraria ninguém nos dias em que estivesse na montanha. Porém, antes de chegar a montanha era necessário passar pela cidade. Então Barreal era meu objetivo. Entre os dois caminhos possíveis eu optei pelo mais longo, que passa por San Juan e dá uma volta tremenda. Mesmo assim peguei estradas horríveis, com muita pedra no asfalto, que me faziam imaginar que a alternativa mais curta deveria ser realmente intransitável. Mais tarde descobri que um rio atravessa esse atalho e por aqueles dias estava bem cheio, algo como até metade da porta de uma cabine dupla. Ba

Mountains Climbed

07/??/2010 - Huyanna Potosi 07/??/2010 - Illimani 01/21/2011 - Cerro Plata 01/23/2011 - Mt. Vallecitos 01/26/2011 - Rincon - Vallecitos Traverse  02/??/2011 - Cerro Mercedario 08/??/2013 - Tarija 08/??/2013 - Pq. Alpamayo 08/??/2013 - Cabeza del Condor 05/11/2019 - Mt Rainier 05/07/2021 -  Mt. Evans 10/06/2021 -  La Plata Peak 05/06/2022 -  Mt. Bierstadt 05/13/2022 -  Mt. Democrat, Mt. Cameron, Mt. Lincoln, Mt. Bross 05/19/2022 -  Grays Peak, Torreys Peak 06/07/2022 -  Mt. Massive 06/21/2022 -  Pikes Peak 07/08/2022 -  Missouri Mountain, Mt. Belford, Mt. Oxford 08/09/2022 -  Huron Peak 08/10/2022 -  Mt. Yale 08/11/2022 -  Mt. Harvard, Mt. Columbia 09/01/2022 -  Mt. Princeton 09/02/2022 -  Mt. Antero 09/06/2022 -  Longs Peak 01/24/2023 - Mt Aconcagua 

Paranapiacaba: uma travessia de fé - 19/04/10

Finalmente pude sentar em frente ao computador para escrever esse relato. Em parte porque já tenho outra aventura pendente e não é bom deixar que as ideias fiquem na cabeça, pois podem se misturar e até a realidade. Eu havia decidido fazer a Petrô-Terê, pois essa travessia se faz em três dias, que é o tempo que tenho geralmente, pois não tenho aula na sexta-feira e posso voltar no domingo, mas li um relato chamado “Paranapiacaba em dois tempos” e me senti atraído pelo local me é ligado a lembranças próximas. Primeiro porque nasci em São Bernardo do Campo, cidade do ABC paulista vizinha a Santo André, meu destino. Depois porque houve uma época em que meu irmão, hoje bastante distante, cursava técnico em turismo, e fazia parte das suas obrigações escolares conhecer esses lugares turísticos que ele sempre falava. Tenho na memória, em especial, ele se referindo às “cachús” de Paranapiacaba. Então, ao invés de atravessar o estado, fui conhecer o quintal de casa. Decidi ir de trem, pois seri

Pico do Paraná: ultrapassando os próprios limites 19/03/10

  Não fazia ainda nem uma semana que cheguei em casa de Monte Verde e estava agitado. Olhei pra mochila vazia no canto do quarto e entrei no Mochileiros.com procurando algum roteiro. Entre os relatos que leio há alguns em que vou junto, sinto o frio e a chuva. Como a moto estava na revisão procurei algum lugar fácil chegar de ônibus. Encontrei o Pico do Paraná (ou foi ele que me encontrou). Acordei na sexta-feira às 6 da manhã, arrumei as coisas e fui à rodoviária. Mal sabia que uma cratera em algum lugar fez o ônibus atrasar duas horas e meia, embarcando apenas às 10:30 da manhã. A ficha só caiu quando ouvi que chegaríamos por volta das 18:30. Isso mesmo, às 18:30. Se não pegar trânsito. Diferentemente de viajar de moto, o diálogo é inevitável: Está indo pra onde? A garota que ia sentada do meu lado olhou estranho: "Você parece mesmo um bicho grilo”. Estranhei meu novo apelido, afinal, há um mês eu fazia meus últimos relatórios na matriz do banco em que trabalhava. Havia um númer